terça-feira, 17 de novembro de 2009

Como Escolher Metodologias em TI

Aqui, o que queremos destacar são os possíveis meios que iremos usar tendo em vista alcançar um objetivo. No artigo anterior, destacamos a importância da compreensão clara do problema (http://boaspraticasdeti.blogspot.com/2009/10/como-fazer-um-projeto-o-problema-parte.html)

De posse desta compreensão, nos defrontamos com a necessidade de selecionar o método a ser usado para nortear os passos em direção à solução que melhor servirá para, em fim, resolvermos o problema.

Se na fase inicial a preocupação se dirigia para entender “O QUE”, agora nos voltamos para escolher o “COMO”.

O QUE É UM MÉTODO


Sem filosofar muito, vamos nos ater a etimologia da palavra. Um método, seja ele qual for, nada mais é do que um meio, uma maneira sistematizada para fazer alguma coisa visando atingir um resultado qualquer. É exatamente a falta de compreensão desta simplicidade conceitual que resulta em erros primários na escolha da metodologia.

Me lembro de um caso em que, visando acelerar o desenvolvimento dos projetos, a direção elegeu o Scrum como a grande tacada. A metodologia foi elevada ao patamar de solução final e sua adoção foi encarada como uma questão de vida ou morte.

Centenas de reais gastos depois, os projetos mantinham o mesmo rítimo de antes enquanto o restante dos grupos estavam em treinamento. Tempos depois, tendo em vista os magros resultados obtidos, pasmem, concluíram que o método era ruim.

Me permitam um desabafo. Ruim foi o idiota que deu início a esta cruzada imbecil. O cara responsável defendia a metodologia como se fosse uma religião. Quando a vaca foi pro brejo, o cara teve a capacidade de culpar a metodologia. Felizmente, no tribunal do bom senso, a metodologia foi absolvida e o cara foi despedido. Menciono este caso, pois é um momento raro de ser visto. Vou deixar pormenores deste e de outros casos para outro artigo ‘A Era dos Imbecis na Tecnologia `.

Voltando ao assunto, um método em particular não pode ser avaliado como melhor ou pior em relação a outros. Um método, em si, não é bom ou ruim. A escolha, sim, pode ser considerada nestes termos.

Uma escolha bem sucedida se traduz por resultados de qualidade que foram obtidos pelo emprego de um método num determinado contexto para um determinado tipo de problema.

Uma escolha equivocada, normalmente, se traduzirá em resultados medíocres obtidos após um tempo excessivo de projeto. Veja, além da mediocridade dos resultados, temos um enorme desperdício de tempo.


COMO ESCOLHER E CONVIVER COM A METODOLOGIA



• Escolha a metodologia tendo em vista o tipo de problema que você tem nas mãos. Lembre-se, o determinante na escolha são as características do problema e não a popularidade da metodologia.

• Seja rápido na avaliação dos resultados que a metodologia escolhida está trazendo.

• Seja rápido na mudança. Não insista, caso tenha feito uma escolha equivocada. Pessoas irão julgar o resultado do projeto e não eventuais equívocos ocorridos no meio do caminho.

• Leve em conta a curva de aprendizado da metodologia. Normalmente, você não está sozinho no projeto. Sua equipe precisa absorver a metodologia com facilidade.

• Lembre-se que a metodologia em si não é garantia de sucesso, mas um possível caminho para chegar lá.

• Não abra mão do bom senso. Toda metodologia foi criada por alguém que, em algum momento gastou tempo pesando em qual seria o melhor caminho para resolver um problema em particular. Isto não significa que a metodologia não possa ser melhorada ou repensada por você.

• Confie no seu “feeling”. A pior coisa que pode acontecer é se deixar convencer de que só existe uma forma de resolver um problema. Afinal, é a forma que todo mundo usa, então, não posso pensar diferente.

• Pense. Temos muita pressa para entrar em ação e, por isso, gastamos pouco tempo pensando em possibilidades metodológicas diferentes ou inovadoras que poderiam ser testadas antes de optarmos por métodos consagrados de mercado.

É sempre bom lembrar que metodologias foram criadas por pessosas que gastaram algum tempo pensando na melhor forma de fazer alguma coisa. Posteriormente, alguém, não necessariamente o cara que inventou o método, formatou a idéia em padrões e regras e passou a ganhar dinheiro com isto.

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